Era uma vez uma Maria das Coibes qualquer que engravidou sem querer (com todo o respeito que tenho pela Maria das Coibes e por quem engravida sem querer) - porque pensava que não estava no seu período fértil - e não quis fazer um aborto, contra aquilo que o magnata da região - que a engravidou sem querer, porque pensava que ela tomava a pílula - pretendia. A Maria das Coibes queria ganhar uns trocados com o casamento ou pensão que o dito magnata seria obrigado a pagar. O magnata queria a sua reputação incólume e explicava também que o "ainda não bebé" não nasceria do amor de ninguém. Mas a Maria não podia ser obrigada a abortar e não abortou.
Era uma vez um pobritana qualquer que se apaixonou pela madame da zona (com todo o respeito que tenho pelos pobritanas e pelas madames da zona) e se encontrou com ela à socapa, numa noite em que o monsieur partiu para o aeroporto para seguir rumo a uma terra qualquer em que haja animais com chifres. Entre o pobritana e a madame houve um acto sem preservativo, porque o pobritana não se importou, a madame não gostava de coisas de plástico e tinha dinheiro suficiente para ir a uma clínica privada remediar a coisa com a maior das confidencialidades. A coisa aconteceu e o pobritana pediu para o filho nascer, mas a madame recusou, dizendo que o corpo era dela. E fez-se um aborto.
Senso comum: AMEN
E os direitos dos homens???
6 comments:
Meu caro freespirit [a quem lho deu, parabéns pelo nome],
a escrita por vezes é ambígua. Pode ser ambígua e gerar no leitor a desejável multiplicidade de sentidos. E pode ser ambígua por parecer apontar num sentido, na realidade apontando noutro ou em nenhum.
Esta estória deixou-me confuso, não por eu não saber o que penso sobre o assunto, mas por ficar sem saber o que sobre o assunto pensa o seu autor.
Porque esta é UMA estória. E as OUTRAS estórias?
Abraço, com ou sem amen ;-)
o problema que coloco é o seguinte:
qual o papel do homem na questão do aborto?
não terá uma palavra (jurídica ou legal, como lhe queiram chamar) a dizer na hora da decisão da realização ou não do aborto?
a minha intenção foi colocar o problema e não propriamente dar-lhe uma resposta.
mas, respondendo-lhe, acredito que o homem deveria efectivamente ter voto na matéria, especialmente se pretender que o filho nasça e a mulher quiser abortar.
questão sensível, mas, penso, pertinente.
abraço.
Senhor Pedro eu concordo consigo, acho que os Homens também deveriam ser ouvidos. Afinal eles também são responsaveis pela vinda, ou não de uma criança ao mundo, eles também têm o direito de decidir se querem ser 'pai' ou não.
Um big bjinho
Que devam ter voto, tb acho. E que o "último voto" deva ser da mulher. Eventualmente, contra o "voto do homem" (e do padre/bispo/papa. Do próprio legislador, se assim tiver que ser. Dos demais).
Abraço.
é a eterna questão... o corpo é da mulher.
sim... tem razão.
abraço.
É assim o aborto é um assunto muito delicado..e que acho que cada casal..o futuro papa e mama devem de falar sobre o assunto..
por experiencia propria o dialogo é a melhor soluçao..
nao está em causa os direitos dos homens ou os das mulheres apenas o diálogo e o respeito..
e a nunca se deve de pensar " ah e tal nao á risco" á risco sim..e se nao se quer aquela gravidez nao se arrisca e ponto final..ao fim ja ta feito, e cabe ao casal decidir o futuro das 3 pessoas envolvidas..mas devem de pensar com calma..nos pros e nos contras..e os pros ganham sempre..LOOL..
e outra coisa cada um responsavel pelas suas irresponsabilidades..por isso cada um arca com as consequencias.
e acho que ja te respondi á pergunta..o homem só pode dar o apoio..quem passa por tudo é a mulher..
quem tem de fazer aqueles axames todos, quem tem de ir ás consultas, quem vai engordar, quem vai ter dores, quem vai sofrer pela mudança na vida e no corpo, quem vai ter de se expor perante todos, entre muitas mais coisas..
por isso as coisas sao resolvidas a 2..mas a decisao final é sempre da mulher disso nao pode haver duvidas...
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