"O mito é o nada que é tudo."
Uma vez, apareceu o Messias. Profetizou a ressurreição. Profetizou uma vida bela após o cumprimento de regras numa vida menor.
E essa vida bela permaneceu, para sempre, em quase toda a gente, na sua mente, constituindo o ideal de vida que ansiavam. Ainda que não sabendo que especificação de vida.
Mas essa vida tinha sentido aparente.
Uma vida superior, espiritual.
Uma vida mística. Que significava tudo. A salvação, a oportunidade de atingir um dos maiores objectivos da humanidade: a vida eterna.
Porém, apareceu o Messias da vida terrena. E disse que essa vida, a mística, não existia.
E que o outro Messias profetizava ideais ascéticos, que eram maléficos ao indíviduo livre.
Este Messias disse que se o único sentido possível para a vida terrena é aspirar uma vida espiritual, então, reneguemos esse sentido e fiquemos sem sentido.
E que se construa tudo de novo.
Sem mitos.
4 comments:
Meu caro freespirit,
Agora, discípulo de Sartre. ?
Abraço.
Discípulo do existencialismo ateu :)
de certa forma, sim, sou discípulo de Sartre, mais por influência de Vergílio Ferreira, de quem gosto bastante.
mas o meu existencialismo está mais virado para o de Nietzsche, sendo que, ambos têm aspectos em comum.
um faz da vida algo muito pragmático (pelo uso da liberdade individual) e o outro é muito mais ligado à transcendência pela arte.
ambos certos.
aceitá-los... depende do estado de espírito :D
Abraço.
Dá gosto ver o Pedro escrever textos desta qualidade. É um privilégio conviver contigo quase diariamente. Com jovens destes, não há geração rasca, mas iluminada. Continua. Parabéns.
abraço.
É bom ver o trabalho reconhecido e sentir que estou a cumprir a finalidade do blog: proporcionar bons momentos de leitura aos visitantes.
Obrigado.
Abraço.
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