- Sh! Sh! Sh! Tens de aprender a estar calado!
“Já começa!”, pensa ele, ciente do que se tornou a sua vida, passada no eterno silêncio de quem não pode falar, não vá sair disparate da sua boca e da sua ingénua mente.
- Está calado! Não abras a boca!
Mandam-no calar e ele obedece, não pensa porque no pensar está o demónio à espera de nos possuir e envenenar os pensamentos e acções. E que medo tem ele de falar, de pensar! Quem o ouvisse dizer que se o Diabo é a face oposta da mesma moeda de Deus Nosso Senhor e, se Deus é perfeito, então perfeito também é o Diabo, tornava-o num louco. Além de não o deixarem falar, não lhe falariam. Ao que isto chegou: estar mudo de pensamentos para poder ouvir os dos outros.
- Cala-te! Não digas nada!
Mas quem são eles para o mandar calar? Sentado, sozinho, naquela sala, ele é dono de si mesmo. Porquê ter medo? Donde vêm tantos receios?... De lado nenhum, é o medo que ele a si próprio impõe. Se é livre por que não fala? É a hora de falar! Levanta-se da cadeira, olha para a brancura da sala vazia, enche os pulmões e, numa oposição ao que lhe dizem, sai pela porta da sala, e abre a boca:
- Agora é a minha vez de falar! Ouçam-me!
“Já começa!”, pensa ele, ciente do que se tornou a sua vida, passada no eterno silêncio de quem não pode falar, não vá sair disparate da sua boca e da sua ingénua mente.
- Está calado! Não abras a boca!
Mandam-no calar e ele obedece, não pensa porque no pensar está o demónio à espera de nos possuir e envenenar os pensamentos e acções. E que medo tem ele de falar, de pensar! Quem o ouvisse dizer que se o Diabo é a face oposta da mesma moeda de Deus Nosso Senhor e, se Deus é perfeito, então perfeito também é o Diabo, tornava-o num louco. Além de não o deixarem falar, não lhe falariam. Ao que isto chegou: estar mudo de pensamentos para poder ouvir os dos outros.
- Cala-te! Não digas nada!
Mas quem são eles para o mandar calar? Sentado, sozinho, naquela sala, ele é dono de si mesmo. Porquê ter medo? Donde vêm tantos receios?... De lado nenhum, é o medo que ele a si próprio impõe. Se é livre por que não fala? É a hora de falar! Levanta-se da cadeira, olha para a brancura da sala vazia, enche os pulmões e, numa oposição ao que lhe dizem, sai pela porta da sala, e abre a boca:
- Agora é a minha vez de falar! Ouçam-me!
Fábio Santos
2 comments:
gostei do texto!
afinal de contas, temos liberdade de expressão para alguma coisa....
eu por acaso nao gosto muito que me mandem calar....gosto de expressar a minha opinião!!
nao devemos ficar calados.... so em determinados momentos..
bjs =)
Juana
Muito fixe o texto.. Faz pensar sobre ate que ponto somos livres..
PS-> dcp a invasao
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