Momentos sem hora, espontâneos na génese, na sua génese, de onde vêm?
Pressuponho que de alguma radiação invisível pois que é indiferente ser manhã, tarde ou noite para a sua aparição.
Não sou avisado. Quebra-se-me a energia e a vontade em recuperá-la. Estudarei o minucioso processo deste resultado em mim provocado, a estatística mostra-me que há uma tendência para o ambiente nocturno deste fenómeno.
A noite, aquela noite, a de ontem, ou de hoje que era de madrugada, qual mendigo, encostado à árvore com olhar disperso para tudo e para nada, sentindo que nada tem, liberto, alegremente liberto, tristemente consciente da perda do elemento de felicidade, triunfalmente desejando nada mais.
A absorção da luz pequena e longínqua inspira-me loucura. Que normalidade tem a regra de sentir afabilidade na solidão?
A que quero evitar mas que me prende...
4 comments:
O facto de os nossos olhos só absorverem radiação na banda da luz visível, limita-nos na nossa percepção do mundo. Muitas vezes penso como seria se os nossos olhos vissem de outra maneira, o que veríamos aí, que sensções visuais poderíamos tirar...
A noite cativa, sem dúvida,somos todos ( variando de caso para caso, claro) uns verdadeiros noctívagos, nunca saciados por essa luz louca!
um abraço ao freespirit!
( Não que o meu comentário tenha muito que ver com o texto,não é objectivo, é apenas um devaneio :D ) abraço
Também sem grande objectividade -- as saudades que senti da luz de (minha) Paris!...
Abraço.
Os devaneios são a objectividade do que nos apetece :)
Nunca fui a Paris (infelizmente apenas lhe passei ao lado - pela auto-route! :P a caminho da Alemanha).
Abraços.
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