O sol desenhado pela mão do criador
O vento assobiou nos sinos a melodia da morte. O ar arrepiou-se com o que envolveu.
A romaria ao templo movimentava-se silenciosa, a deusa observava a oferenda que ia receber.
Chegada ao templo, a multidão quedou-se para ver. Esperaram imóveis ao frio da noite. Todo o ano que se seguiria dependia daquele momento.
Ele, o rei, apareceu primeiro. Esperou de pé ao pé do leito rodeado pela multidão.
Ela, a sacerdotisa sacrificada, saiu do templo em direcção ao rei.
Uma fogueira rodeou o leito e os escolhidos. O rei pela hierarquia, a sacerdotisa pela honra. A multidão, do lado de fora do círculo de fogo, assistia ao espectáculo.
Rei e sacerdotisa despiram-se, copularam ofegantes pela deusa.
O rei sorridente pelo acto divino deixava agora que o ritual prosseguisse. A sacrificada ajoelhou-se nua ao pé do leito, uma foice levantou-se, a multidão olhou inquieta, a foice baixou em rápido e forte movimento, a cabeça saltou, o sangue jorrou e o ritual ficou completo.
A deusa satisfeita ordenou que os solos fossem férteis durante um ano.
O ritual colocou a ordem no mundo até que um dia alguém se atrevesse a desafiar a verdade do mito.
3 comments:
não gosto do rei.
muito menos da deusa.
ponto.
mas até que vou com a tua cara ;P
beijinho *
[isto foi só para o comentário anterior não parecer muito mau ;)]
Podes não gostar mas este ritual passava-se mesmo! Era um ritual mesopotâmico da fertilidade...
se não o fizessem passavam fome :/ (pensavam eles)
é bom q vás! eheh
beijos :D
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