O olho que abre e vê pede ao outro para abrir também. Não conectado com o redor, cerram-se ambos na escuridão.
Que as visões interiores se processam do modo que quer.
Inclina o tronco, pousa a testa sobre os braços que estão assentes na mesa. Recorda feliz a casa de onde veio, inseguro sente a casa para onde vai. O passado que deixou, o futuro que vai chegar. Presente, pudesse ele continuar parado no tempo, felizmente infeliz por nada ter a conquistar. Desassossegado, o livro que ele quer ler, que lhe ensina a viver na arte do despojamento. Do nada sentir ao conquistar, do pouco sentir em perder.
Um braço vence, o outro é derrotado. Que bela há sem senão?, a filosofia e ciência que comigo caminham de mãos dadas para que senão me levam?
Move uma das pernas qual ciclista sentado, impulso nervoso movido pela ansiedade, saltitam falangetas em cima da mesa.
Um lábio quer sorrir, o outro fecha o sorriso que mata.