Saturday, February 3, 2007

Eric Clapton - Tears In Heaven






Partiste.
Sinto falta das nossas conversas.
Daquilo que sempre foste,
Do que sempre acreditaste.
Mesmo divergindo nas ideias,
Gostava de te imitar na convicção.
Demasiado diferentes e demasiado iguais.
Vejo-te como o espelho de mim próprio.
Tenho pena de teres partido,
Embora sabendo que não é isso que queres que sinta.
Desculpa, não consigo acreditar no mesmo que tu.
Estejas onde estiveres, sejas o que fores,
Sinto a tua falta.
E magoa-me a tua memória,
Porque o que queria,
E não posso,
Era falar-te, ouvir-te… Era abraçar-te mais uma vez…







Sem intenção propositada, mas com a maior emoção, imaginando tudo como se fosse real.
Nunca pensei que este poema se materializasse na verdade desta situação.
Escrevi-o a pensar em ti, sim, mas idealizada em parte da Sofia, personagem do meu livro "Memórias de um espírito".
Na minha memória e no meu coração ficarás para sempre gravada.
Adoro-te Filipa!





6 comments:

Anonymous said...

Disse que nao ia comentar o post e nao vou..apenas te vou perguntar uma coisa...
acreditas no acaso?..

freespirit said...

sim, acredito no acaso.
nunca no destino!

Anonymous said...

Para sermos verdadeiramente espíritos livres não creio que possamos acreditar no destino.
Até mesmo o acaso me parece uma versão algo light dessa predestinação.
O nosso "destino" e o "acaso" construimo-los nós no dia a dia.

Ai meu Deus said...

(ó freespirit, do 10º ano ;-))

o acaso é o nome que damos ao conjunto das causas que provocam um acontecimento, quando as desconhecemos...

Fruto da ignorância, portanto. ;-)

Abraço do

Ai meu Deus

freespirit said...

é que foi mesmo ignorância...
não era esse o significado que queria dar à palavra "acaso", mas para ser correcto (de acordo com o significado da palavra) não posso dizer que acredito no acaso.

"coincidência" parece-me, então, a palavra certa.
sou livre de escrever um texto. esse texto, o que escrevi, relata uma situação fictícia, com imagens da realidade: é assim a minha criatividade.
calhou de, pouco tempo após o ter escrito, a pessoa em quem pensei quando o escrevia ter morrido. por isso, na altura dei-lhe (ao texto) um significado muito maior do que o que eventualmente merecia.
mas ela podia não ter morrido. e, com certeza, daqui a cento e poucos anos estaria morta de qualquer maneira. e aí o texto não tinha significado nenhum, senão o significado que eu guardaria para mim enquanto autor e o significado que os leitores lhe quisessem atribuir.
não há acaso nenhum: o texto não determinou nada, eu não determinei nada, o morte não determinou que eu escrevesse alguma coisa porque não tinha acontecido nada e não tenho poderes especiais de adivinhação.
é esta a verdade.

sim, o freespirit não pode acreditar no destino nem em nada um pouco mais light do que ele.

(ó stor... a memória não dá para tudo! é a velhice :P)

abraço

Anonymous said...

eu e a mania das perguntas dificeis..ai ai..